A Câmara Municipal de Angra dos Reis e demais autoridades públicas do
município, além de representantes da sociedade civil, não concordam com
os argumentos do Governo do Estado, em especial das secretarias do
Ambiente e de Desenvolvimento Econômico, usados para negar a ampliação
do Terminal de Petróleo da Baía da Ilha Grande (Tebig), na Ponta Leste,
em Angra dos Reis. Este foi o principal recado e a conclusão da
audiência pública realizada pela Câmara angrense nesta quarta-feira, 16,
na sede do Iate Clube Aquidabã, reunindo quase mil pessoas. O evento
foi realizado por sugestão do vereador Antônio Cordeiro (PT), com apoio
unânime dos demais parlamentares.
Além de dizer não à maneira como o Governo do Estado está tratando deste assunto, que é de vital importância para a economia da cidade, os vereadores e o prefeito angrense Tuca Jordão (PMDB) concordaram em intensificar as ações em defesa da ampliação do Terminal. Uma série de eventos, inclusive no Rio de Janeiro, poderão ser realizados para tentar demover o governador Sérgio Cabral (PMDB) da decisão prévia de negar licença ambiental ao empreendimento.
— Esta é uma decisão que afetará os nossos filhos e netos. As próximas gerações poderão viver numa cid ade mais pobre e por isso temos que agir agora para impedir esse risco de falência do município — defendeu o presidente da Câmara, vereador Dr. José Antônio Gomes (PCdoB), que fez uma das apresentações do evento.
Antes dele, representantes da Transpetro, estatal que opera o Tebig, detalharam o projeto de ampliação pretendido para Angra. Segundo Paulo Penchiná, gerente executivo de abastecimento e logística para o pré-sal da empresa, a ampliação do Tebig já teria sido até mesmo reavaliada, podendo ser até menor que a pretendida originalmente. Ao invés da construção de oito novos tanques para armazenamento de petróleo, apenas dois seriam construídos. Um novo pier de atracação também está nos planos da empresa. Penchiná esclareceu que o tráfego de navios na Baía da Ilha Grande será reduzido.
— Navios não ficam fundeados na Baía da Ilha Grande. Com um terminal mais moderno, nós teremos uma operação mais segura e mais rápida, reduzindo o risco de acidentes. O objetivo da Transpetro é sempre aumentar a segurança — explicou.
Já o gerente executivo de logística da estatal, Eduardo Autran Júnior, deixou claro que, caso a obra no Tebig não seja autorizada, a Transpetro considera levar o investimento para outro Estado, possivelmente o Espírito Santo ou São Paulo. Neste momento, porém, continua sendo a melhor opção, mais barata e com menor impacto ambiental.
Depois da explicação dos técnicos, aguardava-se a participação da secretaria de Estado do Ambiente, o que não aconteceu. Apesar de convidado, o secretário da pasta, Carlos Minc, não justificou a ausência nem tampouco enviou qualquer representante. O presidente da Câmara lamentou a ausência.
— Mais uma vez o secretário Minc faltou a uma reunião do Poder Público para esclarecer o por quê de não conceder a licença para o Tebig. Para nós, nenhum argumento usado por Minc até agora, é justificado, por isso ele falta a debates desta natureza onde é contraditado - disse José Antônio.
Dez dos doze vereadores campareceram à audiência pública e também epuseram suas opiniões, todas favoráveis ao Tebig. O deputado federal Fernando Jordão (PMDB/RJ), o deputado estadual Gustavo Tutuca (PSB) e o presidente da seccional da Ordem dos Advogados em Angra (OAB), Cláudio Gonzaga, defenderam uma ampla mobilização para reverter decisão prévia do Governo do Estado. Entre as propostas apresentadas estão a realização de uma mobilização de um dia, com comércio fechado, em sinal de protesto; um abraço simbólico ao Terminal, na Ponta Leste e uma caravana da população em direção ao Rio de Janeiro, para um protesto na porta do Palácio Guanabara, sede do Governo do Rio, ou mesmo na Cinelândia, palco de dezenas de manifestações populares. Nos próximos dias, a Mesa Diretora da Câmara, vai reunir-se para organizar os eventos e elaborar o cronograma das atividades.
Enquanto isso está disponível no site da Câmara (www.cmar.rj.gov.br), o abaixo-assinado virtual em apoio ao empreendimento. Basta acessar o site, preencher um formulário simples e manifestar publicamente seu apoio a esta obra tão importante para a nossa cidade.
Fonte: www.cmar.rj.gov.br (16/5/2012)
Além de dizer não à maneira como o Governo do Estado está tratando deste assunto, que é de vital importância para a economia da cidade, os vereadores e o prefeito angrense Tuca Jordão (PMDB) concordaram em intensificar as ações em defesa da ampliação do Terminal. Uma série de eventos, inclusive no Rio de Janeiro, poderão ser realizados para tentar demover o governador Sérgio Cabral (PMDB) da decisão prévia de negar licença ambiental ao empreendimento.
— Esta é uma decisão que afetará os nossos filhos e netos. As próximas gerações poderão viver numa cid ade mais pobre e por isso temos que agir agora para impedir esse risco de falência do município — defendeu o presidente da Câmara, vereador Dr. José Antônio Gomes (PCdoB), que fez uma das apresentações do evento.
Antes dele, representantes da Transpetro, estatal que opera o Tebig, detalharam o projeto de ampliação pretendido para Angra. Segundo Paulo Penchiná, gerente executivo de abastecimento e logística para o pré-sal da empresa, a ampliação do Tebig já teria sido até mesmo reavaliada, podendo ser até menor que a pretendida originalmente. Ao invés da construção de oito novos tanques para armazenamento de petróleo, apenas dois seriam construídos. Um novo pier de atracação também está nos planos da empresa. Penchiná esclareceu que o tráfego de navios na Baía da Ilha Grande será reduzido.
— Navios não ficam fundeados na Baía da Ilha Grande. Com um terminal mais moderno, nós teremos uma operação mais segura e mais rápida, reduzindo o risco de acidentes. O objetivo da Transpetro é sempre aumentar a segurança — explicou.
Já o gerente executivo de logística da estatal, Eduardo Autran Júnior, deixou claro que, caso a obra no Tebig não seja autorizada, a Transpetro considera levar o investimento para outro Estado, possivelmente o Espírito Santo ou São Paulo. Neste momento, porém, continua sendo a melhor opção, mais barata e com menor impacto ambiental.
Depois da explicação dos técnicos, aguardava-se a participação da secretaria de Estado do Ambiente, o que não aconteceu. Apesar de convidado, o secretário da pasta, Carlos Minc, não justificou a ausência nem tampouco enviou qualquer representante. O presidente da Câmara lamentou a ausência.
— Mais uma vez o secretário Minc faltou a uma reunião do Poder Público para esclarecer o por quê de não conceder a licença para o Tebig. Para nós, nenhum argumento usado por Minc até agora, é justificado, por isso ele falta a debates desta natureza onde é contraditado - disse José Antônio.
Dez dos doze vereadores campareceram à audiência pública e também epuseram suas opiniões, todas favoráveis ao Tebig. O deputado federal Fernando Jordão (PMDB/RJ), o deputado estadual Gustavo Tutuca (PSB) e o presidente da seccional da Ordem dos Advogados em Angra (OAB), Cláudio Gonzaga, defenderam uma ampla mobilização para reverter decisão prévia do Governo do Estado. Entre as propostas apresentadas estão a realização de uma mobilização de um dia, com comércio fechado, em sinal de protesto; um abraço simbólico ao Terminal, na Ponta Leste e uma caravana da população em direção ao Rio de Janeiro, para um protesto na porta do Palácio Guanabara, sede do Governo do Rio, ou mesmo na Cinelândia, palco de dezenas de manifestações populares. Nos próximos dias, a Mesa Diretora da Câmara, vai reunir-se para organizar os eventos e elaborar o cronograma das atividades.
Enquanto isso está disponível no site da Câmara (www.cmar.rj.gov.br), o abaixo-assinado virtual em apoio ao empreendimento. Basta acessar o site, preencher um formulário simples e manifestar publicamente seu apoio a esta obra tão importante para a nossa cidade.
Fonte: www.cmar.rj.gov.br (16/5/2012)
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