Onze dos doze vereadores de Angra dos Reis, acompanhados do prefeito
Tuca Jordão (PMDB) e dos deputados federais Fernando Jordão (PMDB\RJ),
Luiz Sérgio (PT\RJ), Filipe Bornier (PHS\RJ) e Simão Sessim (PP\RJ),
participaram nesta terça-feira, 12, em Brasília, de uma reunião com o
secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio
Zimmermann, para tratar da obra de modernização do terminal de petróleo
da Baía da Ilha Grande (Tebig), ameaçada por uma recomendação de veto do
Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Em quase duas horas de
encontro, os representantes de Angra expuseram os motivos que levam a
cidade a defender o empreendimento. Entre as razões estão as condições
naturais da localização do terminal e o custo, de US$ 900 milhões, bem
mais barato que outras opções, como a de construção de um novo terminal
em Maricá, cuja obra custaria US$ 5,4 bilhões. Zimmermann já conhecia
parte da situação, já levada ao conhecimento do ministro da pasta, Edson
Lobão, e comprometeu-se a intermediar uma solução junto ao governo do
Rio, envolvendo na tarefa a direção da Petrobras. O próprio Zimmermann
sugeriu que, na semana que vem, as autoridades de Angra participem de
uma nova reunião, desta vez com o próprio ministro Lobão e os
presidentes da Petrobras e da Transpetro, Maria das Graças Foster e
Sérgio Machado. União e Petrobras poderão abrir um novo caminho de
negociação junto ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).
—
Esta questão não é da atuação direta do Ministério mas, a meu ver, se
esta for apenas uma birra ambiental, as autoridades de Angra têm mesmo
que lutar e lutar. A princípio me parece que a decisão mais racional
seria a ampliação do terminal da cidade — disse o secretário-executivo.
Para
justificar e defender a modernização do Tebig, os representantes de
Angra entregaram ao secretário cópias dos relatórios feitos pelo Governo
do Rio e pela Prefeitura angrense com os argumentos pró e contra a
ampliação. Além disso, apresentaram dados sobre a movimentação e
operação segura do Tebig nos últimos 35 anos, lembrando que hoje 60% do
petróleo exportado pelo país passam por Angra dos Reis. Algumas das
informações favoráveis à obra foram corroboradas pelo secretário de
petróleo e gás do MME, Marco Antônio Almeida.
— A pior solução
para o Governo e a Petrobras é não escoar o petróleo. A ausência do
terminal é que nos preocupa, já que o aumento na produção é iminente e a
melhor opção neste momento é a ampliação do terminal de Angra. O
Ministério tem esse entendimento — disse Marco Antônio.
Para o
presidente da Câmara Municipal de Angra, Dr. José Antônio Gomes (PCdoB),
cada nova discussão a respeito do Tebig comprova que o Governo do
Estado está isolado na negativa ao terminal. Mais do que isso, ele crê,
cada novo personagem que toma conhecimento do tema, mostra-se incapaz de
entender as razões do governador para vetar a ampliação do Tebig.
—
O que a cidade quer é entender a posição do Governo do Estado e
debatê-la. No Ministério de Minas e Energia tivemos uma boa acolhida e
mais uma vez ficou comprovado que a opção de ampliar o Tebig é a mais
acertada para o país. Saímos da reunião confiantes de que o Governo
Federal estará ao nosso lado nessa briga — previu José Antônio.
O
acompanhamento das ações do Ministério será feita pelo deputado federal
Fernando Jordão e pelo também deputado Simão Sessim, presidente da
Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, que foi mais um dos
que defenderam a intercessão do Governo Federal junto ao Governo do
Estado para superar o impasse.
Fonte: www.cmar.rj.gov.br (12/6/2012)
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