terça-feira, 3 de julho de 2012

Ministério poderá interceder junto ao Governo a favor da modernização do Tebig


Onze dos doze vereadores de Angra dos Reis, acompanhados do prefeito Tuca Jordão (PMDB) e dos deputados federais Fernando Jordão (PMDB\RJ), Luiz Sérgio (PT\RJ), Filipe Bornier (PHS\RJ) e Simão Sessim (PP\RJ), participaram nesta terça-feira, 12, em Brasília, de uma reunião com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, para tratar da obra de modernização do terminal de petróleo da Baía da Ilha Grande (Tebig), ameaçada por uma recomendação de veto do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Em quase duas horas de encontro, os representantes de Angra expuseram os motivos que levam a cidade a defender o empreendimento. Entre as razões estão as condições naturais da localização do terminal e o custo, de US$ 900 milhões, bem mais barato que outras opções, como a de construção de um novo terminal em Maricá, cuja obra custaria US$ 5,4 bilhões. Zimmermann já conhecia parte da situação, já levada ao conhecimento do ministro da pasta, Edson Lobão, e comprometeu-se a intermediar uma solução junto ao governo do Rio, envolvendo na tarefa a direção da Petrobras. O próprio Zimmermann sugeriu que, na semana que vem, as autoridades de Angra participem de uma nova reunião, desta vez com o próprio ministro Lobão e os presidentes da Petrobras e da Transpetro, Maria das Graças Foster e Sérgio Machado. União e Petrobras poderão abrir um novo caminho de negociação junto ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

— Esta questão não é da atuação direta do Ministério mas, a meu ver, se esta for apenas uma birra ambiental, as autoridades de Angra têm mesmo que lutar e lutar. A princípio me parece que a decisão mais racional seria a ampliação do terminal da cidade — disse o secretário-executivo.

Para justificar e defender a modernização do Tebig, os representantes de Angra entregaram ao secretário cópias dos relatórios feitos pelo Governo do Rio e pela Prefeitura angrense com os argumentos pró e contra a ampliação. Além disso, apresentaram dados sobre a movimentação e operação segura do Tebig nos últimos 35 anos, lembrando que hoje 60% do petróleo exportado pelo país passam por Angra dos Reis. Algumas das informações favoráveis à obra foram corroboradas pelo secretário de petróleo e gás do MME, Marco Antônio Almeida.

— A pior solução para o Governo e a Petrobras é não escoar o petróleo. A ausência do terminal é que nos preocupa, já que o aumento na produção é iminente e a melhor opção neste momento é a ampliação do terminal de Angra. O Ministério tem esse entendimento — disse Marco Antônio.

Para o presidente da Câmara Municipal de Angra, Dr. José Antônio Gomes (PCdoB), cada nova discussão a respeito do Tebig comprova que o Governo do Estado está isolado na negativa ao terminal. Mais do que isso, ele crê, cada novo personagem que toma conhecimento do tema, mostra-se incapaz de entender as razões do governador para vetar a ampliação do Tebig.

— O que a cidade quer é entender a posição do Governo do Estado e debatê-la. No Ministério de Minas e Energia tivemos uma boa acolhida e mais uma vez ficou comprovado que a opção de ampliar o Tebig é a mais acertada para o país. Saímos da reunião confiantes de que o Governo Federal estará ao nosso lado nessa briga — previu José Antônio.

O acompanhamento das ações do Ministério será feita pelo deputado federal Fernando Jordão e pelo também deputado Simão Sessim, presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, que foi mais um dos que defenderam a intercessão do Governo Federal junto ao Governo do Estado para superar o impasse.

Fonte: www.cmar.rj.gov.br (12/6/2012)

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